Resenha: Herdeiras do Mar
Herdeiras do Mar
Editora: Paralela
Autora: Mary Lynn Bracht
Páginas: 304
Sinopse: A história comovente e desconhecida das mulheres coreanas na Segunda Guerra Mundial ganha vida neste romance épico, profundo e sensível sobre duas irmãs e um amor capaz de atravessar gerações.
''Sempre olhe para a praia quando voltar à superfície, senão você pode perder o norte'', a mãe disse, virando o rosto de Hana para que ela enxergasse a terra. Na areia, sua irmã estava sentada, protegendo os baldes que continham a pesca do dia. ''Procure sua irmã depois de cada mergulho. Nunca se esqueça disso. Se puder vê-la, você estará segura.''
Quando Hana nasceu, a Coreia já estava sob ocupação japonesa, e por isso a garota sempre foi considerada uma cidadã de segunda classe, com direitos renegados. No entanto, nada diminui o orgulho que tem de sua origem. Assim como sua mãe, Hana é uma haenyeo, ou seja, uma mulher do mar, que trabalha por conta própria seguindo uma tradição secular. Na Ilha de Jeju, onde vivem, elas são as responsáveis pelo mergulho marinho - uma atividade tão perigosa quanto lucrativa, que garante o sustento de toda a comunidade.
Como haenyeo, Hana tem independência e coragem, e não há ninguém no mundo que ela ame e proteja mais do que Emi, sua irmã sete anos mais nova. É justamente para salvar Emi de um destino cruel que Hana é capturada por um soldado japonês e enviada para a longínqua região da Manchúria.
A Segunda Guerra Mundial estava em curso e, assim como outras centenas de milhares de adolescentes coreanas, Hana se torna uma ''mulher de consolo'': com apenas dezesseis anos, ela é submetida a uma condição desumana em bordéis militares. Apesar de sofrer as mais inimagináveis atrocidades, Hana é resiliente e não vai desistir do sonho de reencontrar sua amada família caso sobreviva aos horrores da guerra.
Em Herdeiras do mar, Mary Lynn Bracht lança mão de uma narrativa tocante e inesquecível para jogar luz sobre um doloroso capítulo da Segunda Guerra Mundial ainda ignorado por muitos.
O que eu achei: Ficção histórica, ambientada na Coreia e que trata do período da 2ª Guerra Mundial. Precisamente quando o Japão dominou a Coreia, proibiu o idioma coreano em seu país e buscou mulheres de ouros países asiáticos para serem escravas sexu4is de militares japoneses.
É uma história devastadora, mas ao mesmo tempo é uma obra de arte que nos força a ler, com momentos bem desconhecidos e personagens envolventes.
As irmãs Hana e Emiko seguem a tradição da família sendo "haenyeo" que são mergulhadoras que vão ao mar retirar a própria fonte de sobrevivência, e um dia uma delas (Hana) é levada por soldados japoneses para ser uma "mulher de consolo".
A narrativa é dividida entre os relatos de Hana em 1943 e Emiko em 2011, com lembranças de ambas sobre o passado. É triste saber que existiram mesmo as mulheres de consolo (não as retratadas nesse livro) e que elas eram obrigadas a coisas absurdas e mesmo até hoje o Japão não se retratou ou se desculpou pelo ocorrido, muito pelo contrário, o país afirma que a participação das mulheres foi voluntária (???).
A leitura é sofrida sim, tive enjoo em algumas partes e precisei pausar a leitura para dar aquela respirada. Em contrapartida mesmo sendo comovente, é um livro muito bonito e o amor das irmãs sobreviveu mesmo apenas com cada uma delas.
História cativante e com uma escrita realmente impecável. mesmo causando desconforto.
2 comentários
Vou guardar a sugestão!
ResponderExcluirIsabel Sá
Brilhos da Moda
Ainda não conhecia essa obra Mel.
ResponderExcluirBlog em festa, celebro 21 anos da criação. Te convido para um pedaço do meu bolo virtual.
Big beijos
www.luluonthesky.com